sexta-feira, 19 de agosto de 2011

World Orienteering Championships - 1

Dia 7 de Agosto, 7h00 – saímos de Portugal com destino a Aix-les-Bains, França, para os Campeonatos do Mundo. Foi para estes campeonatos que treinei durante toda a época e todas as outras provas que realizei durante a temporada (POM, Campeonatos Nacionais, etc.) não passaram de uma preparação para algo maior.

No início da época estabeleci como meu maior objectivo a distância longa deste WOC. Contudo, apresentei-me em França com a tarefa de correr todas as distâncias. Realço que a este nível não há ninguém, nem mesmos os melhores, capazes de correr todas as distâncias conseguindo obter bons resultados em todas elas.

Após tempos conturbados no seio da orientação portuguesa, que se prolongaram por grande parte da época, nos últimos meses a FPO fez um grande esforço no sentido de nos proporcionar algumas condições de treino. Nesse sentido, foram realizados estágios na Serra da Estrela e Gerês, culminando a nossa preparação com uma semana de treino no centro de estágios da FPO na Marinha Grande. Ainda assim, apenas tive o primeiro contacto com mapas e terrenos relevantes para a competição na semana anterior à mesma. Ora, dada a natureza “extrema” dos terrenos em questão, uma semana de treino neste tipo de terrenos é manifestamente insuficiente para uma boa preparação.
Dia 8 de Agosto, 14h00 – chegados a Aix-les-Bains, deslocámo-nos imediatamente a La Féclaz, onde levantámos os mapas e treinámos pela primeira vez no mapa de Le Revard. Primeira impressão do mapa e terreno: “extreme orienteering”!!! Posso dizer que nunca estive em terrenos tão difíceis como estes, tanto do plano técnico, e sobretudo neste, mas também no plano físico, pois é quase impossível correr aqui… e de certeza que os 74 portugueses que cá vieram correr o WOC – Tour concordam comigo.

Seguiram-se mais uns dias de treinos em terrenos relevantes para a competição. Le Revard, La creux qui sonne, Le Prépoulain foram os mapas visitados. 5 dias de treinos técnicos, num total de cerca de 4h30’ na floresta. Não parece muito se compararmos com as 89 horas que o norueguês Karl Waller Kaas cá passou a treinar na floresta, mas deu para ter uma ideia da melhor forma de navegarmos nestes terrenos. Após esta semana, tinha ainda como principal objectivo a distância longa, mas sabia que teria muito mais possibilidade de me qualificar para uma final A no Sprint.

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