terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Estágio e (Ultra)-longa

No passado fim-de-semana desloquei-me ao Alentejo, para participar em mais um estágio conjunto do COC, Ori-Estarreja e Gafanhori, de quem ficou a cargo este treino. No Domingo, participámos ainda numa prova de distância ultra-longa, organizada pelo ADFA. Apesar de se chamar ultra-longa, os tempos dos primeiros atletas foram na casa dos 90-100 minutos, pelo que na realidade, esta foi mais uma distância longa (de acordo com as especificações internacionais) do que uma distância ultra-longa, embora uma verdadeira distância LONGA (e não aquelas 'amostras' de distâncias longas que são costume nas nossas provas!).
O frio foi um constante ao longo de todo o fim-de-semana (e os meus lábios que o digam!), o que tornou os treinos mais sofríveis do que o habitual. Para começar em beleza, realizámos um treino de duelo/control-picking no mapa das Bardeiras, mítico pelo seu tipo de cartografia nórdica. Para mim, foi a primeira vez que tive contacto com este mapa e fiquei bastante agradado!
Para a parte da tarde, estava guardado um treino de corredores com 10k. Este tipo de treino, e o facto de ser tão longo, é importante sobretudo para treinar a concentração (assim como a orientação precisa), pois durante todo o percurso temos invariavemente que manter o contacto com o mapa, e ao mínimo deslize podemos sair do corredor e depois é o cabo dos trabalhos!!! Tal como de manhã, também gostei bastante deste treino. Para quem já fez este tipo de treino sabe bem do que falo quando digo que é extremamente motivante conseguir navegar (quase) sempre dentro do corredor - dá vontade de continuar por tempo indeterminado.
No Domingo teve então lugar a primeira etapa no Troféu Ori-Alentejo, com a já citada distância ultra-longa. Cerca de 20k, com 26 pontos de controlo, era o que nos esperava no mapa de S. Bartolomeu do Outeiro. Pernadas longas q.b. tornaram a prova exigente também no plano técnico. Comecei a minha prova muito entusiasmado, de mais até, devido ao facto do Nazário me ter falado da 1h35min como tempo a bater! Isso reflectiu-se em duas coisas: primeiro, nos splits dos primeiros pontos, em que comecei mais rápido que a concorrência; em segundo, na quebra que acabei por sofrer na segunda parte da prova. Esta é talvez a principal lição que tirei deste treino longo, e é importante termos este tipo de provas para ganharmos esta experiência, da qual necessitaremos em grande dose nas provas internacionais! Está de parabéns o ADFA, e sobretudo o traçador de percursos, pela iniciativa, que se espera que seja reprodutível e não um caso isolado.

Todos os mapas estão disponíveis no DOMA.

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