World Orienteering Championships - 4

Estafeta – após alguns dias sem competição, chegou o dia da estafeta. Eu seria o primeiro a partir, o Tiago Leal o segundo e o Paulo Franco o terceiro. Os objectivos também estavam bem traçados: a mim cabia a tarefa de tentar chegar o melhor colocado possível, de preferência com um bom grupo; o Tiago tentaria depois seguir com o grupo para passar ao Paulo numa boa posição. Todos nós sabíamos que, num terreno daqueles, bastava que fizéssemos uma prova sem grandes erros para conseguir uma boa classificação, melhorando mesmo o 23º lugar da Hungria.

Enquanto aquecia fui olhando para o ecrã gigante e pude ver o caos que estava a ser a estafeta das mulheres, com grandes erros atrás de outros ainda maiores por parte de todas as equipas, o que só reforçava a ideia de que uma prova sem erros da nossa parte seria suficiente para conseguir um bom lugar.

Dado que Portugal não participou na Estafeta de 2010, este ano partimos com o número 34, o que quer dizer que parti na quarta de quatro filas de atletas. Isso levou a que não me conseguisse chegar muito à frente e tenha entrado na floresta muito mal colocado. Numa floresta assim, isso significa que não tinha contacto visual com as primeiras equipas. Ainda assim, inseri-me num grupo com a Alemanha, Sérvia e Finlândia, a que mais tarde se juntou a Espanha. Seguimos juntos até ao ponto 6, quando fiquei apenas com o alemão. Foi nesta posição que passei no ponto de espectadores (no 16º lugar). No loop final perdi cerca de 4 minutos num ponto, o que me fez entregar o testemunho apenas no 19º lugar.


Tiago Leal

Seguiu-se o Tiago, que acabou por fazer uma prova segura, entregando no 23º lugar para o último percurso. O Paulo também vinha com uma boa prova até ao ponto de espectadores, em que se encontrava muito bem posicionado para conseguir para Portugal um lugar no Top-20. Contudo, uma má opção fê-lo perder algumas posições. O resultado final foi um 26º lugar, o que manifestamente soube a pouco dado o rumo da prova.

World Orienteering Championships - 3

Qualificatória de Sprint – tivemos de deixar o nosso alojamento às 7 da manhã por estarmos alojados em plena zona embargada. A prova apanhou uma boa parte de floresta, com muito desnível na parte inicial (105 metros de desnível para 2,5 km), seguindo-se uma parte urbana. Acabei por cometer um erro no ponto 4 que quase deitou tudo a perder, mas consegui por conseguir a qualificação para a final A.

Photo by WorldOfO.com.

Final de Sprint – desta vez a prova foi 100% urbana e praticamente plana. Existia um grande número de ruelas passagens inferiores que por vezes impedia mesmo a leitura do mapa por não haver luz suficiente. Fisicamente ressenti-me do esforço da manhã e não consegui manter uma intensidade muito elevada. Tecnicamente fui bem até ao 9º ponto, mas depois escolhi uma má opção para o ponto 10 e perdi ainda mais alguns segundos no ponto 11. O pior estava para vir, uma vez que saltei o ponto 16, acabando por isso desclassificado.

No dia seguinte foi uma grade surpresa quando acordei e vi que estava na capa do Le Dauphiné Liberé!!

Terminadas as provas individuais, faltava apenas esperar 3 dias pela estafeta. Na quarta-feira corremos a etapa do O-Festival, no mapa de Le Revard, e no dia seguinte o Model Event para a estafeta.

World Orienteering Championships - 2

Qualificatória da distância longa – primeira prova dos campeonatos. A prova decorreu num mapa contínuo com o Le Revard, mas apanhou uma zona de prados alpinos com muito desnível. Não comecei mal a prova, tendo passado no primeiro ponto de rádio a cerca de 30” da final, mesmo já tendo perdido cerca de 1 minuto no ponto 3. Contudo, no ponto seguinte, em que já tinha começado a apanhar os atletas que tinham partido 3 minutos antes de mim, estraguei completamente a minha prova. Aí fui apanhado pelo Tue Lassen, dinamarquês que estava na mesma série que eu e que foi o 3º classificado no final da prova, e acabámos por perder os dois tempo para o ponto 6. A diferença é que ele perdeu 2’ e eu acabei por perder 12’!!! A partir daí fiz uma prova cheia de erros, acabando por perder muito tempo.


Photo by WorldOfO.

Qualificatória de distância média – segunda prova destes campeonatos. E a qualificação para a final A esteve perfeitamente ao meu alcance durante quase toda a prova. No ponto 8 vinha com o mesmo tempo do Biel Rafols, que acabou por se apurar tranquilamente para a final. No ponto 9 acabei por cometer um erro que me custou 5 minutos e deitou tudo por água abaixo!

Feitas que estavam as qualificatórias das provas de floresta, sem que eu tenha sido apurado em nenhuma delas, não posso dizer propriamente que o WOC me tenha corrido bem, pois acabei por falhar o meu principal objectivo. O dia de descanso serviu por isso para fazer o model event do sprint e para recanalizar toda a minha atenção para as provas do dia seguinte.

World Orienteering Championships - 1

Dia 7 de Agosto, 7h00 – saímos de Portugal com destino a Aix-les-Bains, França, para os Campeonatos do Mundo. Foi para estes campeonatos que treinei durante toda a época e todas as outras provas que realizei durante a temporada (POM, Campeonatos Nacionais, etc.) não passaram de uma preparação para algo maior.

No início da época estabeleci como meu maior objectivo a distância longa deste WOC. Contudo, apresentei-me em França com a tarefa de correr todas as distâncias. Realço que a este nível não há ninguém, nem mesmos os melhores, capazes de correr todas as distâncias conseguindo obter bons resultados em todas elas.

Após tempos conturbados no seio da orientação portuguesa, que se prolongaram por grande parte da época, nos últimos meses a FPO fez um grande esforço no sentido de nos proporcionar algumas condições de treino. Nesse sentido, foram realizados estágios na Serra da Estrela e Gerês, culminando a nossa preparação com uma semana de treino no centro de estágios da FPO na Marinha Grande. Ainda assim, apenas tive o primeiro contacto com mapas e terrenos relevantes para a competição na semana anterior à mesma. Ora, dada a natureza “extrema” dos terrenos em questão, uma semana de treino neste tipo de terrenos é manifestamente insuficiente para uma boa preparação.

Dia 8 de Agosto, 14h00 – chegados a Aix-les-Bains, deslocámo-nos imediatamente a La Féclaz, onde levantámos os mapas e treinámos pela primeira vez no mapa de Le Revard. Primeira impressão do mapa e terreno: “extreme orienteering”!!! Posso dizer que nunca estive em terrenos tão difíceis como estes, tanto do plano técnico, e sobretudo neste, mas também no plano físico, pois é quase impossível correr aqui… e de certeza que os 74 portugueses que cá vieram correr o WOC – Tour concordam comigo.

Seguiram-se mais uns dias de treinos em terrenos relevantes para a competição. Le Revard, La creux qui sonne, Le Prépoulain foram os mapas visitados. 5 dias de treinos técnicos, num total de cerca de 4h30’ na floresta. Não parece muito se compararmos com as 89 horas que o norueguês Karl Waller Kaas cá passou a treinar na floresta, mas deu para ter uma ideia da melhor forma de navegarmos nestes terrenos. Após esta semana, tinha ainda como principal objectivo a distância longa, mas sabia que teria muito mais possibilidade de me qualificar para uma final A no Sprint.

Campeonatos Nacionais

Nas últimas semanas, e após o meu último post, a temporada não parou, muito pelo contrário. Neste momento já estão corridos todos os Campeonatos Nacionais, à excepção do Campeonato Nacional Absoluto, prova essa em que eu não estarei presente.

Campeonato Nacional de Distância Longa
O mapa de Leirosa recebeu mais uma vez uma prova de orientação. No primeiro dia do POM 2010 já lá tinha estado, mas na parte norte do mapa, e agora regressei para correr o CNDL. O terreno acabou por me surpreender pelo facto de estar mais sujo do que estava à espera, o que se acabou por projectar na média de corrida mais lenta do que inicialmente eu esperava. Comecei logo por cometer um grande erro para o ponto 2, o que me fez perder 2'30''. A partir daí tentei manter um ritmo elevado pois sabia que teria de recuperar esse tempo até ao fim. Mesmo assim, ainda cometi mais alguns erros, pelo que quando cheguei ao fim fiquei surpreendido por ter ganho com uma margem de cerca de 5 minutos!

Campeonato Nacional de Estafetas
A minha equipa era composta pelo Rafael Miguel no primeiro percurso, Bruno Nazário no segundo e eu a fechar a equipa. Após um bom primeiro percurso, em que o Rafael entregou em primeiro, o Nazário perdeu algum tempo e eu parti com uma desvantagem de cerca de 4 minutos para a terceira equipa, pelo que teria de fazer uma prova perfeita e esperar que os meus adversários errassem para podermos chegar ao pódio. A minha prova esteve longe de ser perfeita, pelo que não consegui levar a minha equipa ao pódio, que era o objectivo inicial.

Campeonato Nacional de Distância Média
Desta vez foi Peniche e o mapa de Ferrel a receber esta prova. Tanto o mapa como o terreno eram de grande qualidade e apropriados para esta distância, e o traçado também estava bastante interessante. Comecei a minha prova relativamente bem até ao 5º ponto, em que cometi o primeiro erro. A partir daí foi sempre a somar segundos ao tempo perdido, tendo tido uma prestação final que deixou muito a desejar. Acabei por ser segundo, atrás do Miguel Silva, e beneficiando do MP do Tiago Aires, que com o tempo que faria seria o vencedor.

Campeonato Nacional de Sprint
No dia seguinte ao CNDM, Peniche foi o centro do Campeonato de Sprint. O mapa era bastante básico, sem muitas opções ou zonas detalhadas que tornassem a orientação muito interessante. Ainda assim, existiram 2 ou 3 pernadas em que não fui tão eficaz na escolha da opção mais rápida e isso acabou por me custar o título, tendo sido novamente segundo classificado, ex-aquo com o Miguel Silva, a apenas 6 segundos do Tiago Romão.

Campeonato Nacional Universitário
Para acabar com os Campeonatos Nacionais, o Grande Prémio RA4 recebeu também o CNU 2011. A prova desenrolou-se no mapa de Pedreanes e consistiu numa distância longa, com mass-start e 3 loops. Fiz uma prova bastante regular e sem erros dignos de destaque (excepção para o ponto 15). Contudo, e pela primeira vez desde há muito tempo (nem me lembro desde quando!) fiz MP. O ponto 37, que estava bastante perto do 36 e em linha com o 38, passou-me despercebido e acabei por não o picar! Fui o primeiro a terminar a prova, mais de 6 minutos antes do segundo... contudo senti-me apenas campeão nacional até descarregar o SI, altura em que vi aparecer MP na folha dos tempos!

Além dos campeonatos nacionais, também teve lugar o segundo estágio para a Selecção Sénior, que decorreu no Norte Alentejano. Não vou falar muito sobre este estágio... Podem encontrar os mapas no sítio do costume.

Neste momento encontro-me de férias, e praticamente com uma vida de atleta profissional. O próximo objectivo será o Campeonato do Mundo em França, em Agosto. Até lá há que treinar para estar na melhor forma possível!

Mapas no DOMA.

Estágio Grupo de Selecção, Marinha Grande

No fim-de-semana passado, como já tinha dito no meu post anterior, relizou-se o primeiro estágio de preparação para os séniores.
O programa começou pela realização de testes físicos na pista da Nazaré, testes estes que serviram de prova de observação para o campeonato do mundo. Demorei 15'47'' a percorrer os 5km, tendo melhorado o meu anterior melhor registo em 10seg. Ainda nessa manhã, realizámos um treino de curvas de nível no mapa da Nazaré - Sítio, treino esse feito em ritmo lento apenas para descomprimir do esforço dos 5km.
Na tarde de Sábado realizámos mais 2 treinos, ambos de sprint e na Praia da Vieira. O primeiro percurso, mais curto, desenrolou-se todo em floresta e serviu de prólogo para o segundo, que foi um chasing-start. Eu acabei por partir em primeiro com algum tempo para gerir para os meus perseguidores, e por isso apenas me preocupei em não cometer erros e desfrutar do mapa.
Para Domingo estava reservado o ponto alto do estágio: uma distância longa à séria, com 17km, no mapa de Pedreanes. Fruto do teste dos 5km e do treino de força que fizemos no dia anterior, as minhas pernas estavam cheias de dores (ainda hoje não consigo descer escadas como deve ser!), pelo que grande parte do percurso foi feito em sofrimento. Tentei apenas não errar, tendo cometido apenas 1 erro de 2min para o ponto 8 e perdido mais algum tempo num ou outro desvio, mas nada de mais.

Segue-se o campeonato nacional de estafetas e distância longa. Quanto a esta última, não sei até que ponto deveria ser chamada de distância longa, pois 12,8k para os HE (apenas mais 1500m que o percurso dos juniores ou 1900m que o percurso dos H40!!) não será uma distância longa digna desse nome. Acho que está na altura de os traçadores de percursos, supervisores, e todos os outros que poderão ter alguma influência no assunto, perderem o medo e começarem a traçar percursos realmente interessantes, tanto do ponto de vista técnico, como do ponto de vista físico!

Mapas no DOMA.

Novidades

Já passa algum tempo desde a última vez que escrevi a dar notícias. Desde o meu último post já muito aconteceu, e vou neste post tentar resumir tudo.

Após o POM, e na impossibilidade de participar no Meeting Internacional de Arraiolos, voltei ao mundo da orientação no Troféu Ibérico Barroso, organizado pelo .COM.
No Sábado correu-se uma distância média e o dia ficou marcado por alguns erros técnicos por parte da organização. O mapa tinha algumas zonas dúbias, e existiam no percurso de HE 2 pontos mal marcados: logo o primeiro estava marcado mais abaixo do que estava assinalado no mapa e fora da reentrância onde devia estar; o quarto ponto estava também fora do sítio. Quanto a este ponto, e pela análise do GPS, parece que de facto o ponto estava nas 'coordenadas' correctas. Contudo, analisando o mapa e o terreno, o ponto não está de facto no local correcto, até porque no local onde se encontrava não existia o elemento correspondente. À parte disto, também eu cometi erros graves em locais onde o mapa estava bem desenhado e o ponto bem colocado, pelo que não fiquei nada agradado com a minha prestação neste dia.

No Domingo correu-se uma distância longa. Pessoalmente gostei do traçado da prova, do mapa e do terreno. Contudo, acho que a prova devia ter sido um pouco mais longa. Tecnicamente também não estive perfeito, longe disso. Cometi alguns erros, sobretudo no princípio (ao ponto 5 já tinha perdido mais de 3') por não me ter conseguido adaptar bem à escala. Consegui gerir bem a prova fisicamente e no final fiquei a cerca de 2' do Tiago Aires

Após esta prova, tornei a pegar num mapa de orientação passadas 2 semanas, no dia 22 de Abril, quando tive a oportuniade de me deslocar ao Norte Alentejano, onde a Selecção Nacional Junior da Suíça estava a estagiar, e realizar um treino de estafetas. Fiz equipa com o Rafael, tendo cada um feito 2 percursos. Eu fiz a primeira e terceira pernada, o Rafael a segunda e a quarta. No fim perdemos apenas para uma das equipas suíças, mas o mais importante é que esta foi uma boa oportunidade para ganhar ritmo em floresta, porque alguns dos juniores da Suíça correm que não é brincadeira nenhuma!

No dia seguinte, após um jantar e uma noite bem dormida em casa do Bruno Nazário, corri os 10km de Constância. Esta prova não estava inicialmente prevista e não fiz nenhuma preparação para ela (no dia anterior, sexta-feira, fiz o tal treino intenso com os suíços, e na quinta-feira tinha feito séries), pelo que as pernas não estavam com muita vontade para grandes andamentos. Ainda assim, fiz 32'45'', um tempo que me deixou satisfeito dadas as circunstâncias da prova e me levou ao 5º lugar na geral.

No fim-de-semana de 30 de Abril e 1 de Maio, tornei a voltar à floresta, desta feita para participar num estágio organizado pelo COC. Todo o planeamento e organização das actividades estiveram exemplares, e isso permitiu-nos tirar o máximo dos treinos, que serão certamente muito relevantes para os campeonatos nacionais de distância longa e estafetas.
O dia de Sábado começou com um treino relevante para a distância longa, com várias pernadas muito longas e escala de 1:15 000. Seguiu-se a isso, ainda na parte da manhã, um treino de duelo, em que eu corri contra o Gildo Silva. À tarde correu-se uma estafeta urbana no mapa de Costa de Lavos, que é um excelente mapa de sprint...pena ser tão pequeno!
No Domingo treinou-se a estafeta. Eu corri a terceira pernada.

Para finalizar o relato, falta falar da meia-maratona de Cortegaça, que teve lugar no passado Domingo, dia 8 de Maio. Preparei-me bem para esta prova, e apresentei-me à partida com confiança para bater o meu melhor tempo na distância que era 1h11'. Acho que esta foi melhor prova de estrada que eu já fiz em termos tácticos, já que entre o primeiro quilometro e o final apenas passei atletas, não tendo sido passado por nenhum! Acabei em 10º, 9º senior masculino, com o tempo de 1h09'23'', tendo tirado quase 1'40'' ao meu anterior melhor tempo. Infelizmente, não encontro no calendário desta época mais nenhuma meia-maratona onde eu possa estar presente, pelo que possivelmente não terei oportunidade de tentar baixar este registo ainda este ano.

Já antecipando um pouco, no próximo fim-de-semana terá lugar o primeiro estágio para as selecções Séniores, na Marinha Grande. Esta tem sido uma época de redefinições. Comecei a época com objectivos bem definidos, objectivos esses que tiveram de ser redefinidos dado o impasse em que andou o projecto das selecções, com os atletas sem saberem para o que treinavam. Acabei, em conjunto com o meu treinador, por optar por mudar os meus objectivos para a estrada, treinando para tentar fazer boas marcas (a meia-maratona de Cortegaça foi o meu maior objectivo desde há algum tempo). Agora que já parece existir uma estratégia para as selecções, provavelmente os meus objectivos serão novamente alterados tendo em conta o plano que nos será apresentado neste estágio. A ver vamos...

Todos os mapas estão no DOMA.

Portugal 'O' Meeting

Depois de algum tempo sem escrever, devido principalmente a falta de tempo (exames), razão pela qual também não pude estar presente no Meeting Internacional de Arraiolos, escrevo agora para falar do Portugal 'O' Meeting.

Chegou o Carnaval, e com ele o maior evento desportivo do ano em Portugal, o Portugal 'O' Meeting 2011. O estatuto que esta prova tem ganho além fronteiras ao longo dos últimos anos faz com que cada vez mais atletas estrangeiros se desloquem até a este 'jardim à beira-mar plantado' para participar nestes 4 dias. Já o mesmo não podemos dizer dos portugueses, que este ano foram apenas cerca de 1/3 dos inscritos (600 em 1800 atletas!!!).
No que à minha prestação diz respeito, posso-a dividir em duas partes: as distâncias longas, e as distâncias médias. Posso dizer que fiquei relativamente satisfeito com os resultados que alcancei na primeira e última etapas, as de distância longa. Já quanto às distâncias médias, não consegui manter a concentração necessária para melhores resultados. Este tipo de provas (médias), ainda para mais nos terrenos onde tiveram lugar, são provas extremamente intensas, na medida em que é preciso correr a uma velocidade muito elevada, nunca perdendo o contacto com o mapa. Mentalmente, uma distância média como a do 3º dia é algo extremamente esgotante, pois embora a prova só dure pouco mais de 30', esses 30' são realmente intensos! Por sua vez, nas distâncias longas temos sempre algumas pernadas onde podemos descansar o cérebro.

1º dia - prova relativamente boa, onde cometo apenas 2 erros. Fisicamente começo a falhar na pernada após os loops. Ao todo perco cerca de 2'30''.

2º dia - primeira prova de distância média deste POM, e primeira prestação que não me deixa satisfeito. Perdi ao todo cerca de 2'45'', dos quais 1'30'' são perdidos nas abordagens ao ponto central do loop.

3º dia - nova distância média, e desta vez a contar para o WRE. Se havia um dia onde era preciso fazer uma boa prova era neste. Mas as coisas não correram bem e esta foi a minha prior prestação destes 4 dias. Perdi cerca de 4'10, e isso custou-me muitos lugares na classificação, tendo sido apenas 50º.

4º dia - finalmente mais uma distância longa, para tentar fazer esquecer as médias dos dias anteriores. A chuva resolveu aparecer e o terreno acabou por ficar muito pesado, tendo tornado a prova muito mais dura fisicamente. Perdi à volta de 2'.

Quanto ao POM em si, sou da mesma opinião de todos os que dizem que organização esteve muito bem, principalmente no que diz respeito à comunicação. O que acho que esteve menos bem, o que não quer dizer que tenha estado mal, mas que podia ter sido melhor, foi o facto da speaker não ter tido um sistema que lhe desse uma base informativa sólida e que lhe permitisse tornar o relato dos acontecimentos mais emotivo.

Todos os mapas estão disponíveis no DOMA.

32'12'' - 10km de Estarreja

Hoje participei na primeira prova de atletismo esta época. O calendário tem sido apertado do lado da orientação, com treinos e provas praticamente todos os fins-de-semana, pelo que o tempo que resta para o atletismo não tem sido muito. Por isso, decidir ocupar um dos poucos Domingos sem orientação para participar nos 10Km de Estarreja, prova em que participo todos os anos desde os meus tempos de Iniciado. Este ano realizou-se em paralelo o Campeonato Distrital de Aveiro de Estrada.
No fim registei um tempo de 32'12'', tendo batido por larga margem o meu melhor registo nesta prova (penso que nunca tinha baixado os 33'!), o que me mostra que de facto o treino está a fazer o seu efeito e que a minha prestação desastrosa de Gouveia foi apenas um acidente de percurso. Foi por isso um bom estímulo para o que se segue.
Na geral fui 16º, primeiro Sub-23, tendo-me assim sagrado Campeão Distrital neste escalão!

I Meeting de Orientação de Gouveia

Pela primeira vez, tive o prazer de fazer orientação na Serra da Estrela! Depois de não ter tido a oportunidade de estar presente na prova de Manteigas, era com uma enorme expectativa que aguardava este evento.

Começando pelas coisas boas:

   - Meteorologia: nunca na minha vida pensei ir encontrar o tempo que encontrámos em Gouveia em pleno Inverno! Aliás, no dia anterior até me desloquei à Decathlon para comprar umas luvas para fazer as provas com as mãos quentinhas :) Este factor foi meio caminho andado para um fim-de-semana bem passado.
   - Terrenos: tanto no primeiro como no segundo dia os terrenos foram de enorme qualidade! São de terrenos assim que precisamos para evoluir cada vez melhor. Embora não seja fã do tipo de cartografia extremamente detalhada que foi usada em Arcozelo, a verdade é que como diz o mestre (Gueorgiou) desde que os detalhes estejam no sítio certo o mapa é de qualidade. Resta-nos aprender com quem sabe!
   - Nível competitivo: não são muitas as provas a contar para o WRE que se podem gabar de ter a atletas da categoria dos que tivemos cá este fim-de-semana...
   - Serra da Estrela: se pudesse escolher um sítio para viver, a Serra da Estrela apareceria muito bem colocada!

E agora as coisas menos boas:

   - Nuvens: é engraçado (ou não) que a única nuvem que vimos este fim-de-semana foi a nuvem de fumo que se erguia por trás da montanha onde se desenrolou a prova de Domingo.
   - A minha prestação em ambos os dias: um completo desastre!!! Podem comprovar o que digo pelos mapas que estão no DOMA. Mas como diz o flying frenchman (Thierry Gueorgiou), é no Inverno que se ganham as medalhas do Verão!
   - Assembleia Geral da FPO: nem comento, não vá ser acusado de ser um pseudo-blogger venenoso!