sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Época 2009/2010 - Overview

Acabada que está a época 2009/2010, hora para olhar para trás e ver o que fiz bem e o que fiz mal!

Esta temporada teve a particularidade de ter sido mais longa que o habitual. Devido à mudança do nosso calendário competitivo, que passa a ser de Janeiro a Outubro, esta época começou para mim em Setembro de 2009 e só agora acabou, o que contabiliza mais do que 1 ano de treino e competição.

No início desta época, decidi também mudar de treinador. Treinei com o meu antigo treinador (o meu Pai) durante todos estes anos, tendo alcançados alguns resultados muito bons. Contudo, chegou a uma altura que pensei que seria melhor para mim fazer uma mudança na metodologia de treino e decidi pedir ao Bruno Nazário que me orientasse. E estou convicto de que escolhi o melhor treinador de ORIENTAÇÃO português. Ao organizar campos de treino para os melhores atletas mundiais, também ele se 'treina' a ele próprio e o facto de conviver e trocar ideias com os melhores treinadores mundiais faz com que, em Portugal, ninguém perceba mais de treino de alto rendimento na orientação. Na minha opinião, mesmo a nível internacional o Nazário não fica atrás dos melhores!

Por outro lado, este ano tive, pela primeira vez na minha vida desportiva, uma lesão que me obrigou a parar 6 semanas! Isso levou a que, pela primeira vez desde 2005, não tenha participado em nenhum campeonato internacional (campeonatos do mundo ou da europa).


Mas vamos a números:

Início do treino - 29 de Setembro de 2010; Fim do treino - 10-10-2010; Total = 376 dias

Contagem: 537 Actividades

Hora: 344:34:31 h:m:s

Distância: 4.036,38 km

Ganho de elevação: 67.966 m

Veloc. média: 11,7 km/h (=5'07''/km)

RC méd.: 153 bpm

Tempo méd.: 00:38:30 h:m:s

Tempo máx.: 02:14:28 h:m:s

Distância média: 7,52 km

Distância máx.: 24,20 km

Ganho de elevação médio: 134 m

Ganho de elevação máximo: 1.519 m

Velocidade média máxima: 19,2 km/h (=3'07''/km)

RC méd. máx.: 191 bpm

Fazendo umas contas, chego à conclusão que treinei uma média de cerca de 55min/dia, mesmo depois daquelas semanas todas de paragem, em que me limitei a fazer alguma bicicleta estática.

Setembro: O início
Começo a época a sério, ainda a treinar com o meu pai. O primeiro objectivo é o Campeonato Ibérico, mas um percalço durante um treino impede-me de treinar durante a segunda semana anterior à prova e a minha prestação é um autêntico desastre!

Novembro: A mudança
Já a treinar com o Nazário, os métodos mudam redicalmente. Esta época faço pela primeira vez um treino de Inverno com pés e cabeça. Ababam as séries nesta fase da época e começo a fazer treinos de 2h! Como diz Jörgen Mårtensson: "First distance, then speed".

Fevereiro: Primeiro teste
Primeira grande prova de fogo - Portugal 'O' Meeting. Tenho de destacar a prova do terceiro dia, em que fui 8º classificado. O primeiro sinal de que o treino de Inverno fez de facto a diferença em relação aos outros anos!

Abril: Crash
O mês começou com um campo de treino em França, nos famosos mapas de Clermont-Ferrand. Sem dúvida os mapas mais desafiantes em que já tive o prazer de correr!
Seguiram-se os Campeonatos Nacionais de Sprint e de Média. O Sprint foi uma desilusão. Acumulei erros atrás de erros e não passei do 4º lugar! A distância média começou bem. Estava a navegar sem erros e ao 10º ponto apanhei o Tiago Romão, que partiu 2min antes de mim. No ponto anterior ao ponto de espectadores levava 2 min de avanço sobre o segundo, que era o... Romão!! Já estava a ver o ponto de especadores e então decido olhar para o mapa e antecipar o que fazer para o resto da prova e... quando dei por mim já estava no chão com uma fractura do terço médio da clavícula esquerda. Todos os médicos disseram o mesmo - paragem de 6 semanas e nem pensar em correr!!!

Maio: O regresso
Passaram 5 semanas. Decidi começar a correr no Sábado que encerrou a quinta semana de paragem. Entretando, tinha apenas feito bicicleta estática, mas as perdas tornaram-se evidentes logo no primeiro treino de corrida. Corro no Absoluto em Sesimbra, mas como era de esperar estive longe dos primeiros lugares.

Junho: Jukola
Primeiro objectivo depois da paragem: Campeonato Nacional de Longa. Levava já algumas semanas de treino, mas estava longe do desejável. Faço uma prova muito fraca do ponto de vista técnico. O resultado foi o 2º lugar, atrás do Tiago Romão. Repetimos o lugar na Estafeta (eu, Rafael Miguel e João Amorim).
Segue-se a Jukola. Foi a primera vez que participei numa das grandes estafetas e não vou falar muito acerca disso porque pura e simplesmente não há muito que possa dizer. Apenas que é uma prova que qualquer orientista devia ter o prazer de correr durante a sua vida!!

Setembro: The End
Setembro traz aquele que, goradas todas as possibilidades de participar no EOC, acaba por ser o meu grande objectivo da época - Park World Tour. Uma boa experiência, a todos os níveis, e que espero seja para repetir!
A última prova de orientação da época foi a Taça dos Países Latinos. Se podia ter feito melhor? Podia, se não tivesse cometido erros excusados!

Na última prova, o Joaquim Margarido perguntou-de quais as expectativas para a próxima época. Eu respondo que estou expectante para ver onde posso chegar sem percalços. A ver vamos!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Meia-maratona de Ovar

Correu-se no dia da República, como manda a tradição, mais uma edição da meia-maratona de Ovar. Esta teve a particularidade de me encerrar esta época.

Iniciei-me nestas lides das meia-maratonas no ano passado, quando corri a meia-maratona da Figueira da Foz. Nessa vez não fazia ideia do que ía encontrar. Além disso, essa prova decorreu na quarta-feira anterior às provas de selecção. Arranquei por isso com a ideia de não ir até ao limite! Fui andando e de 5 em 5 km pensava: "pronto, agora abrando um bocado o ritmo". A verdade é que passei aos 5k com bom tempo, passei aos 10k com um dos meus melhores tempos nessa distância, e quando dei por mim já estava a chegar ao fim. Acabei com um registo de 1h11', o que me deixou muito surpreendido. As provas de selecção é que foram todas feitas com uma dor as pernas que mal me conseguia aguentar em pé, mas tirando isso até foi engraçado.

Corri pela segunda vez os 21 097m nesta edição da meia-maratona de Ovar. O meu objectivo era bater o meu tempo, mas sabia que não iria ser fácil. Escolhi uma 'lebre', meu companheiro de equipa na ADERCUS (meu clube de atletismo), que já sabia que estaria a correr para o mesmo tempo que eu. Contudo, a prova não correu como eu desejava e não fui além de 1h13'55'', muito aquém do objectivo.

Seja como for, esta prova serviu para ganhar a experiência que me permitirá bater o meu tempo da próxima vez :)

A maioria das pessoas não tem ideia do sofrimento que é fazer uma prova destas. Pessoalmente, sofro muitíssimo mais a fazer uma prova de atletismo do que uma de orientação (por alguma razão continuo a preferir a orientação :)). Durante uma prova de atletismo, seja 10k, 15k ou 21k, passa-me frequentemente pela cabeça parar ali mesmo no meio da estrada e ficar a ver os outros passar! Mas nunca caí nessa tentação, embora vontade já não me tenha faltado... Imagino por isso o que será fazer uma prova de 55km, ainda por cima trail, e em que não temos ninguém na beira dos caminhos a olhar para nós e a bater palmas (o que às vezes é o que nos vale para não parar ali mesmo)!! "Para esses vai, com a mais profunda admiração, o Louvor da Semana"!